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SEAACOM envia diretores para 8ª Marcha da Classe Trabalhadora, em SP

Sexta, 11 de Abril de 2014

Os diretores do SEAACOM, Marcelo Pereira, Ivone Araújo e Tânia Tessis com o presidente da CTB-RS, Guiomar Vidor

A maior marcha sindicalista que a cidade de São Paulo já recebeu em toda sua história. Assim pode ser definida a 8ª Marcha da Classe Trabalhadora que percorreu as principais ruas da capital paulista, na manhã desta quarta-feira (9/4). A manifestação que começou com concentração na Praça da Sé, teve o seu início marcado pelo Hino Nacional e por discursos dos presidentes e dirigentes da CTB, CUT, CGTB, UGT, Força Sindical e Nova Central.


As principais bandeiras do movimento sindical foram citadas diversas vezes, como o fim do Fator Previdenciário, redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, e reforma agrária. Contudo, o destaque foi dado para duas questões que preocupam a sociedade como um todo: saúde e educação. Os presidentes das centrais deixaram claro que na concepção sindicalista, a presidenta Dilma Rousseff tem colocado os interesses dos trabalhadores em segundo plano, quando prioriza uma política econômica conservadora, em detrimento da pauta trabalhista.


O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil do Rio Grande do Sul (CTB-RS), Guiomar Vidor, percorreu todo o trajeto segurando uma faixa contra o Projeto de Lei 4330, que libera a terceirização e precariza as relações de trabalho. “Estou alegre em ver que milhares de trabalhadores e trabalhadoras voltam às ruas na defesa da pauta tirada no Conclat, em 2010. Certamente, São Paulo não via há muitos anos uma manifestação tão grandiosa e representativa como esta que estamos tendo hoje, em que se encontram representantes de todos os cantos do país. Isso, certamente, trará um reflexo muito significativo em cima do governo federal que é para quem queremos demonstrar essa insatisfação dos trabalhadores ao não atendimento da sua classe. Aqui também vai um recado para os empresários que no Congresso Nacional tentam todos os dias implementar medidas de retiradas de direitos”, defendeu Vidor.


A marcha protestou em frente a FIESP e o SENAI, entidades que defendem os empresários e o capitalismo


O presidente da CTB nacional, Adílson Araújo, falou sobre a expectativa das centrais com relação ao governo federal. “Acreditamos que o governo precisa chamar para si a responsabilidade de dialogar mais e melhor, principalmente por considerar que a classe trabalhadora é a força motriz do desenvolvimento. Enxergamos também que o Brasil pode dar uma arrancada no desenvolvimento, mas nesse sentido é preciso fazer com que o governo tenha centralidade nas suas ações sobre tudo com foco na classe trabalhadora, que merece reconhecimento já que é parte desse projeto de governo popular tão importante e fundamental para a construção de um Brasil cada vez mais próximo de uma nação poderosa”, indicou Araújo.


A CTB-RS participou ativamente da marcha enviando mais de 150 dirigentes sindicais de diversas regiões do estado. Ceres Antunes, do Sindicato dos Comerciários de Ijuí, viajou mais de 1,5 mil quilômetros para participar da marcha e apesar do cansaço de quase um dia de viagem, a animação da dirigente era visível. “A manifestação está sendo ótima com bastante gente. Espero que desta vez a nossa voz seja ouvida”, vibrou. Já Ivanir Perrone, do Sindicato dos Empregados no Comércio de Caxias do Sul e coordenadora-geral da regional serra da CTB-RS, espera que o ato traga bons resultados. “Acredito que essa marcha servirá para reforçar a unidade das centrais sindicais na luta dos trabalhadores”, afirmou. 


O Sindicato dos Empregados de Agentes Autônomos no Comércio do Estado do Rio Grande do Sul (SEAACOM-RS) enviou três diretores para participarem da Marcha: Ivone Araújo, Tânia Tessis e Marcelo Ribeiro Pereira. “Esse ato é de grande importância para os trabalhadores, o que mais me chama a atenção é que as centrais querem priorizar a união independente da orientação política, a proposta principal é os avanços para a classe trabalhadora. Precisamos manter nossa atenção a essas reivindicações analisando o que será feito e cobrando para que as mudanças aconteçam efetivamente”, alertou Pereira.



A marcha contou com a participação de deputados e governantes ligados ao movimento de trabalhadores. O deputado federal, Assis Melo (PCdoB-RS), fez todo o trajeto segurando faixas e vibrando com os dirigentes sindicais. “Como representante dos trabalhadores no Congresso, sinto a dificuldade que existe para que nossas pautas andem na casa. Infelizmente, as bandeiras dos trabalhadores não têm eco no Congresso e, por isso, precisamos estar aqui para que a força da marcha e a unidade das centrais possa ser ouvida não só pelos deputados e senadores, mas também pelo governo. Só assim as reivindicações trabalhistas têm chance de serem atendidas”, declarou o parlamentar.


Unidade das centrais sindicais


A unidade das centrais pode ser vista por todos e para muitos dirigentes era o sinal que faltava para que a pauta dos trabalhadores ganhasse mais força e visibilidade. “A CTB enxerga como fator fundamental a construção da unidade das centrais sindicais, assim ao celebrar a 8ª Marcha, visualizamos um caminho promissor sobre tudo em fazer com que o governo compreenda a importância de se resgatar um diálogo na busca do entendimento. Diferente da celeridade com que vem recebendo o pleito dos empresários, a nossa pauta consagrada no Conclat está contingenciada já que o governo não sinaliza com nenhuma expectativa de atendimento dos pontos que são um conjunto de bandeiras históricas da classe trabalhadora”, relatou Adílson Araújo. 


Já para Guiomar Vidor, a unidade construída pelas centrais sindicais é uma demonstração de amadurecimento e do crescimento da luta da classe trabalhadora brasileira. “Com essa unidade e luta, poderemos pressionar cada vez mais no sentido das mudanças e do aprofundamento da construção de um projeto nacional de desenvolvimento que interessa a classe trabalhadora e que tenha no seu centro a valorização do trabalho”, disse o presidente da CTB-RS.


Objetivo atingido


Marcada pela presença da juventude, a marcha mostrou que os jovens trabalhadores estão comprometidos com a luta por mais direitos. “A juventude marcou presença nesta atividade e mostrou que é possível conquistar mais direitos e empregos, já que o jovem é o que mais sofre com o desemprego”, salientou Victor Espinoza, secretário da Juventude da CTB.


Além de trabalhadores rurais, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra também marcou presença em defesa da Reforma Agrária. “Os trabalhadores rurais vêm trazendo sua principal reivindicação que é a reforma agrária, que está paralisada no nosso país, e atualmente assenta cada vez menos famílias. Precisamos retomar isso dando um impulso para que todo esse projeto saia do papel, e junto com isso cada vez a valorização crescente da agricultura familiar, especialmente nesse ano, que é o ano da agricultura familiar”, destacou o vice-presidente da CTB-RS, dirigente da CTB nacional e da Fetag-RS, Sérgio de Miranda. 


A marcha percorreu a Avenida Paulista, como forma de protestar contra o capitalismo que prejudica diretamente os trabalhadores, e foi encerrada no Vão Livre do Masp, em que uma avaliação positiva foi feita sobre a mobilização. Os sindicalistas sentiram que o objetivo foi atingido e a expectativa agora é colocar que os importantes projetos reivindicados pelas centrais entrem na pauta de votação ainda no primeiro semestre de 2014. “Atingimos nosso objetivo de colocar mais de 40 mil trabalhadores nas ruas. Agora é tentar colocar nossa pauta em votação no Congresso Nacional e abrir o diálogo com a presidenta Dilma Rousseff, para que possamos ter ainda em 2014 respostas para nossas reivindicações”, afirmou Raimunda Gomes, secretária de Imprensa e Comunicação da CTB.


Com informação do Portal CTB

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